Disputa por terra vira caso de polícia em Coelho Neto

Um entrave entre uma família e a empresa Itajubara, terminou virando caso de polícia na tarde dessa terça-feira , dia 18, em Coelho Neto. A disputa por uma área localizada no povoado Tomé, município coelhonetense, teria iniciado ainda em março deste ano.

De acordo com os moradores envolvidos, uma área de quase 7 mil metros faz parte de uma herança deixada por Antônio Pereira da Rocha. Uma certidão de inteiro teor emitida pelo cartório do primeiro ofício da cidade, comprova que há um contrato de compra no valor de pouco mais de dois mil cruzeiros, moeda da época.

Sem apresentar nenhuma contestação, funcionários do grupo João Santos, teriam feito a colocação de uma placa contendo a frase “propriedade particular, proibida a entrada”. Diante dos fatos, a família de Raimundo Nonato Vaz de Sousa, de 51 anos, suposto herdeiro, teria procurado um escritório jurídico para recorrer.

Já na tarde dessa terça-feira (18), uma equipe de segurança teria ido até a residência de Raimundo Nonato, onde exigiram a desocupação do local no prazo de 30 dias. Os moradores teriam exigido um mandado judicial, tempo em que os ânimos teriam se exaltado e um suposto segurança teria sacado uma arma de fogo e efetuado um disparo para o alto.

Ainda segundo os moradores, os seguranças teriam feito várias ameaças caso a propriedade não fosse desocupada, e que retornariam novamente na manhã de hoje (19). Um boletim de ocorrência foi registrado na delegacia de polícia civil, a polícia militar também teria sido acionada.

A pequena localidade Tomé, que fica próximo ao povoado Deserto, faz parte de uma área bastante utilizada pela Itajubara, para o cultivo de cana-de-açúcar. O grupo João Santos, que atravessou uma grande crise financeira, estaria negociando suas terras em toda região, entre as negociações, estão a venda e arrendamentos, os valores oriundos destes processos, estariam sendo usados para pagamento de ações trabalhistas de antigos funcionários.

Nossa reportagem entrou em contato com a empresa Itajubara, mas até o momento desta publicação, não obtivemos respostas.


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