PF intima comerciante que vendeu fogos a bolsonarista terrorista do STF para explicações

 

PF na loja em Ceilândia onde foram comprados fogos usados em ataque. Foto: Divulgação

Segundo o UOL, a Polícia Federal intimou nesta sexta-feira (15) Fernando “Barramansa” Pereira, de 67 anos, dono de uma loja de fogos de artifício localizada em Ceilândia, no Distrito Federal, para prestar depoimento. Ele é apontado como o comerciante que vendeu os artefatos usados por Francisco Wanderley Luiz, chaveiro envolvido nas explosões na Praça dos Três Poderes, em Brasília, no início deste mês.

O depoimento de Pereira está sendo realizado na tarde de hoje na sede da Polícia Federal, no Plano Piloto. O comerciante foi localizado por agentes da seção antiterrorismo da PF enquanto concedia uma entrevista a uma emissora de TV.

Além do comerciante, vizinhos de Wanderley Luiz também foram ouvidos. A Polícia Federal investiga as circunstâncias da aquisição dos fogos de artifício e a possível participação de outras pessoas no planejamento ou execução do ataque.

Pereira confirmou ter vendido dois tipos de fogos de artifício a Wanderley Luiz nos dias 5 e 6 de novembro, apresentando notas fiscais e comprovantes de pagamento. Ele adquiriu um artefato chamado Torta Zeeus, contendo 64 tubos de 20 mm, pelo valor de R$ 295. No dia seguinte, retornou à loja e comprou uma Torta 3G, composta por 25 tubos de 60 mm, pagando R$ 1.250.

O lojista ainda explicou que as vendas foram realizadas mediante fornecimento do endereço do comprador, como parte do controle interno da loja.

Francisco Wanderley Luiz, homem-bomba que morreu em frente ao STF. Foto: Reprodução

O comerciante negou qualquer envolvimento no ataque e afirmou ter cumprido todas as exigências legais para a venda de fogos de artifício. Ele ressaltou que o autor do atentado utilizou outros tipos de artefatos, que não foram adquiridos em sua loja.

“Se eu não tivesse feito tudo certo, eu já estaria preso”, declarou Pereira. A Polícia Federal também recolheu imagens do circuito interno de segurança da loja de Pereira e investiga se há indícios de outras compras realizadas pelo autor das explosões ou por possíveis cúmplices.

Os artefatos adquiridos por Wanderley Luiz são projetados para queimar por cerca de um minuto e são considerados de uso comum, dentro dos limites da legislação brasileira. No entanto, a utilização desses produtos em ataques é atípica e está sendo minuciosamente investigada.

O atentado ocorreu no início de novembro, quando Francisco Wanderley Luiz lançou bombas na Praça dos Três Poderes, causando destruição e tensão em Brasília. Após o ataque, o chaveiro foi encontrado morto, levantando ainda mais dúvidas sobre as motivações e circunstâncias do ocorrido. A Polícia Federal segue trabalhando para identificar todos os responsáveis e esclarecer os detalhes do atentado.

Fonte: DCM 

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