Francisco Wanderley Luiz, que se explodiu em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) na noite de quarta-feira, 13 de novembro de 2024 e o ministro Alexandre de Moraes – Foto: Reprodução |
A ex-mulher de Francisco Wanderley Luiz, autor do ataque a bomba na Praça dos Três Poderes, revelou à Polícia Federal (PF) que ele “queria matar o ministro Alexandre de Moraes e quem mais estivesse junto na hora do atentado”.
A declaração foi feita durante um depoimento informal em Santa Catarina, onde ela foi localizada pelos agentes. A PF está conduzindo a mulher à delegacia para formalizar suas declarações sobre as intenções do ex-marido. As informações são do G1.
Segundo a ex-companheira, Francisco chegou a realizar pesquisas no Google para planejar o ataque. Ela afirmou que, ao tomar conhecimento das pesquisas, o questionou: “Você vai mesmo fazer essa loucura?”. A revelação sugere que o autor do atentado tinha um plano detalhado para executar o ataque. A PF também investiga a ligação do extremista com grupos radicais.
Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiü França e ex-candidato a vereador pelo PL em 2020, já havia ganhado notoriedade por publicar ameaças contra ministros do STF e outras figuras públicas.
Um relatório da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) aponta que ele mantinha posições radicais nas redes sociais, revelando um histórico de discurso extremista direcionado ao Supremo Tribunal Federal.
Em Brasília, a Polícia Federal encontrou mensagens na casa alugada por ele, com referências aos eventos de 8 de janeiro. Entre as inscrições, uma delas mencionava Débora Rodrigues, envolvida no vandalismo à Estátua da Justiça. Tiü França deixou uma mensagem no espelho, onde escreveu: “Estátua de merda se usa TNT”, em clara alusão aos ataques ao STF.
Polícia Federal encontrou mensagens na casa alugada pelo bolsonarista que realizou o atentado em frente ao STF – Foto: Reprodução |
Fonte: DOM