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| Mulher condenada por espancar filha de 1 ano é presa 10 anos após o crime, em Teresina — Foto: Arquivo |
Maria dos Milagres Sousa da Conceição, de 35 anos, foi presa na manhã desta quarta-feira (10), no bairro Cidade Jardim, Zona Leste de Teresina. De acordo com a Polícia Civil do Piauí (PCPI), Maria foi condenada a 5 anos e 4 meses de prisão por espancar sua filha, que tinha apenas 1 ano e 3 meses na época do crime, ocorrido em 2013.
A denúncia foi feita pelo ex-marido de Maria, que, ao buscar as duas filhas na casa dela, percebeu que a caçula estava com o olho roxo e os braços e pernas inchados. Imediatamente, ele levou a bebê à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), em Teresina, onde registrou um boletim de ocorrência contra Maria. Ela foi afastada do convívio das crianças.
Após a denúncia, a menina foi encaminhada ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT), onde foram constatados vários hematomas pelo corpo e fraturas antigas. Segundo o conselheiro tutelar Bento Alves, que acompanhou o caso na época, os traumas mais graves comprometeram a locomoção do bebê.
Maria dos Milagres Sousa da Conceição, de 35 anos, foi sentenciada pelo crime em 2013. | Reprodução/Polícia Civil do Piauí
A equipe médica do HUT recomendou até cinco procedimentos cirúrgicos, mas os descartou devido à pouca idade da vítima. “Ao se deparar com a situação, os próprios médicos ligaram para a Polícia, pedindo que a mãe fosse presa. Eles afirmaram que, na primeira análise, era provável que as agressões tivessem começado quando o bebê tinha seis meses”, relatou Bento.
Maria dos Milagres já tinha histórico de reincidência. Em agosto de 2013, dois meses antes de ser afastada das filhas, o Conselho Tutelar havia recebido uma denúncia de maus-tratos, mas Maria rebateu as acusações e foi apenas notificada. Um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) foi lavrado na época.
“Na primeira vez, os exames do Instituto Médico Legal comprovaram as agressões tanto na bebê quanto na irmã de quatro anos. Maria atribuiu as lesões a uma tia das crianças, mas ficou comprovado que ela não cumpriu nenhuma das recomendações e que as agressões continuaram”, afirmou Bento.