Pablo Marçal integrou quadrilha que desviou dinheiro de idosos em bancos

 

Pablo Marçal, o coach picareta candidato a prefeito de São Paulo pelo PRTB, foi condenado em 2010 por integrar uma quadrilha que desviava dinheiro de aposentados e pensionistas em bancos. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Marçal estava diretamente ligado a dois homens que lideravam o grupo, captando e-mails que seriam infectados com programas invasores e consertando os computadores usados pelos criminosos, conforme investigações acessadas pelo site Metrópoles.

No debate da Band realizado nesta quinta, dia 8, ele declarou que deixaria a disputa pela prefeitura paulistana se tivesse havido condenação. A sentença está publicada abaixo. Falta cumprir a promessa.

Em 2022, Marçal liderou 32 pessoas em uma escalada ao Pico dos Marins, na Serra da Mantiqueira, São Paulo, resultando em um resgate necessário pelo Corpo de Bombeiros.

Durante sua campanha a prefeito, veio à tona que Leonardo Alves de Araújo, presidente nacional do PRTB, conhecido como Leonardo Avalanche, mencionou a um correligionário manter vínculos com integrantes da facção criminosa PCC, o que adicionou mais controvérsia ao cenário.

O papel de Marçal na quadrilha ocorreu por volta de 2005, quando ele tinha apenas 18 anos e vivia em Goiânia. A operação que desmantelou o grupo foi a Operação Pegasus, e a quadrilha foi descrita como a “maior quadrilha de piratas da internet brasileira” pela Folha de S.Paulo.

Os investigadores detalharam que a organização causou “prejuízos relevantes” a instituições como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, operando de várias formas, incluindo a criação de sites falsos de bancos e a emissão de mensagens ameaçadoras.

Marçal era responsável por capturar listas de e-mails para o pastor Danilo de Oliveira, um dos líderes do grupo. Apesar de negar participação na quadrilha, suas declarações foram consideradas discrepantes pela polícia.

Trecho da sentença condenando Marçal à cadeia por fazer parte de quadrilha de assalto a banco

Apesar de sua condenação anterior, Marçal se apresenta como um dos indivíduos mais ricos do Brasil, vendendo cursos e promovendo discursos religiosos e de motivação.

A respeito das acusações, a advogada de Marçal, Danielle Premoli, defendeu que na época dos fatos ele apenas trabalhava consertando computadores para um pastor e foi indevidamente envolvido no processo.


Fonte: DCM 

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