Superfaturamento e serviços fantasmas foram constatados na entidade, que foi visitada por Michelle Bolsonaro, e era abastecida com valores absurdos pela Secretaria de Esportes
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| Léo Moura e Jair Bolsonaro.Créditos: Instagram/Reprodução |
A Controladoria-Geral da União informou que encontrou uma série de irregularidades no Instituto Léo Moura Sports (ILM), a ONG do ex-jogador do Flamengo que quase R$ 45 milhões em repasses da Secretaria de Esportes, subordinada ao Ministério da Cidadania, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), entre os anos de 2020 e 2022. O valor estrondoso chamou a atenção à época por ser maior que as verbas destinadas, por exemplo, às confederações de Desportos Aquáticos (R$ 9,1 milhões), Ginástica (R$ 8,4 milhões), Vôlei (R$ 8,4 milhões) e Boxe (R$ 7,1 milhões).
De acordo com o relatório produzido pela CGU, indícios claros de superfaturamento e de uso de empresas que prestavam serviços fantasmas, para além de instalações em situação precária, como contêineres corroídos. O repasse milionário feito à ONG era destinado à implantação de alguns núcleos do projeto “Passaporte para a Vitória”, que funcionariam em municípios dos estados do Rio de Janeiro, Amapá, Pará e Acre.
Foram 16 termos de fomento, no total, assinados entre o Ministério da Cidadania e a ILM, mas na presente análise realizada pela CGU apenas quatro desses termos foram inspecionados. Neles, foram utilizados R$ 25 milhões do montante total repassado pelo governo Bolsonaro, sendo que a investigação demonstrou que ocorreu o uso de R$ 778,9 mil na compra de materiais, locações e serviços de maneira superfaturada e R$ 1,91 milhão com falta de comprovação de total dos itens e das prestações de serviços.
Em fevereiro de 2022, já em meio ao escândalo do repasse de verbas colossais para a ONG, a então primeira-dama Michelle Bolsonaro visitou a entidade e ainda postou imagens e comentários em suas redes sociais.
“Nesta quarta-feira, 9 de fevereiro, visitamos o projeto social de esporte e educação do Instituto Léo Moura, no Centro Olímpico Parque da Vaquejada, em Ceilândia, minha cidade amada", escreveu Michelle Bolsonaro em seu perfil no Instagram no há dois anos.
Na foto postada é possível ver Michelle Bolsonaro e o ex-jogador Léo Moura, que dá nome à ONG, sorridentes e caminhando juntos.
Fonte: Revista Fórum