Coelho Neto: Itajubara usa trator para arrancar cerca de moradores e polícia é acionada

Moradores do povoado Tomé, em Coelho Neto, voltaram a ser intimidados pela empresa Itajubara na tarde desta quarta-feira (19). Desta vez, além de seguranças, a empresa que pertence ao grupo João Santos, usou um trator para derrubar uma cerca que delimita a pequena propriedade que está em posse da família do agricultor Raimundo Nonato Vaz de Sousa, de 51 anos.

O caso que virou conflito e foi parar na polícia, iniciou durante a tarde de ontem (18), quando uma equipe de segurança da empresa, teria tentado intimidar os moradores com uma ordem extrajudicial de despejo. Durante a visita, uma arma de fogo teria sido sacada, onde um segurança chegou a realizar um disparo para alto.

Na manhã de hoje (19), como havia sido prometido pelos tais seguranças, funcionários da Itajubara estiveram no povoado e novamente ameaçaram os moradores de desapropriação das terras. Já no período da tarde, por volta das 14h30, seguranças e um suposto advogado da empresa, que teria apresentado um documento, usaram um trator para iniciar a derrubada da cerca.

Rapidamente, moradores contataram seu representante jurídico, Dr. Luís Lopes, que acionou novamente a polícia militar. Com a chegada do advogado e da força policial, funcionários, o suposto advogado e o trator, deixaram o local.

De acordo com o Dr. Luís Lopes, a Itajubara S/A, não possui respaldo jurídico para desapropriar a área em questão. “Os moradores da propriedade, são os verdadeiros donos do local, além do registro em cartório, a família possui todo georreferenciamento da área. Disse. “É desta forma que esta empresa vem operando, querendo usar a força para tirar várias famílias, que por décadas vivem legalmente e tiram seus sustentos das terras.” Completou o advogado que representa a família de Raimundo Nonato.

Novamente, entramos em contato com o grupo João Santos, mas não tivemos retorno.

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