Morte à negrada. Bolsonaro presidente", diz post nazista de agressor de menina de 4 anos no MS

Kelver de Miranda foi preso por invadir uma creche em Campo Grande e agredir uma garota negra de 4 anos que abraçou o filho dele.

Preso por invadir uma creche em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, e agredir uma menina negra de 4 anos que abraçou seu filho, Kelver de Miranda coleciona uma série de publicações racistas e de apoio a Jair Bolsonaro em sua página no Facebook.

O caso ocorreu na manhã de segunda-feira (11) na Escola Municipal Professora Iracema de Souza Mendonça.

Segundo testemunhas, o homem ficou extremamente irritado ao deixar seu filho de 4 anos na escola e ver, em seguida, ele sendo abraçado pela coleguinha.

Em seguida, ele invadiu a escola, empurrou a menina, gritou apontando o dedo para outra criança e pegou o filho. A diretora da escola, uma mulher de 69 anos, tentou retirar o homem do local e também foi agredida. 

Racismo nas redes

Nas redes sociais, Kelver se mostra apoiador contumaz de Jair Bolsonaro e adepto das pautas "de costumes" do ex-presidente, como o racismo.

Em 11 de outubro de 2018, em meio ao segundo turno das eleições vencidas pelo ex-presidente, Miranda fez uma publicação para criticar "as calúnias contra o presidente do Brasil".

No post, ele compartilha imagens de cartazes com o símbolo nazista e os dizeres "morte a negrada. Bolsonaro presidente".

À época, ele chegou a fazer uma série de publicações incitando ataques contra eleitores de Fernando Haddad, além de compartilhar publicações de violência contra crianças.


VÍDEO: pai bolsonarista invade creche e agride menina de 4 anos que abraçou filho em MS

O bolsonarista Kelver de Miranda, de 32 anos, foi detido em Campo Grande (MS) após agredir a diretora de uma escola municipal, de 69 anos, e uma criança de 4 anos, que havia abraçado seu filho. O incidente foi capturado pelas câmeras de segurança da unidade, mostrando o homem de blusa vermelha empurrando a criança, que segurava uma mochila rosa de rodinhas.

Segundo o boletim de ocorrência, o homem deixou seu filho na escola por volta das 7h e permaneceu do lado de fora. Ao observar pela grade o abraço entre seu filho e a menina, ele afirmou à polícia que seu filho tem “fobia de abraços” e solicitou à monitora e à diretora que os separassem, mas não foi atendido. Isso o deixou nervoso, levando-o a tentar intervir, mas foi impedido pela diretora, pois não era permitida a entrada de pais no pátio.

A Guarda Civil Metropolitana interveio e levou os envolvidos para a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), onde foi registrado um Termo Circunstancial de Ocorrência. A Secretaria Municipal de Educação (Semed) emitiu uma nota, informando que ofereceu todo o suporte à diretora da escola e às famílias afetadas, e está acompanhando o desenrolar do caso.

Em seu depoimento, a diretora relatou que o homem a segurou com força e a empurrou para longe do portão, ingressou no pátio, empurrou a menina, pegou seu filho e saiu. Mais tarde, ao se arrepender, retornou à escola com o menino e foi até a sala da diretora, que estava registrando o incidente em ata escolar.

Além disso, o homem instruiu seu filho a agredir a menina caso ela se aproximasse novamente dele na presença da diretora. A polícia informou que o caso está sob investigação pela DEPCA e orientou o pai a buscar orientação médica para seu filho, a fim de avaliar possíveis distúrbios.

Vale destacar que nas redes sociais Kelver costuma a postar fotos de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mensagens atreladas ao discurso da extrema direita, deixando claro que é racista e pró-nazismo.


Fonte: DCM e Revista Fórum 

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