Andrei Passos, diretor-geral da Polícia Federal (PF), afirmou na quarta-feira (6) que a recente vitória de Donald Trump na eleição dos EUA não influenciará as investigações em curso sobre Jair Bolsonaro (PL). Segundo Rodrigues, “a influência é zero na nossa investigação. O Brasil é um país soberano. A Justiça brasileira é independente e a Polícia Federal atua com autonomia investigativa.” A declaração ocorreu durante entrevista ao Globo.
Aliados de Bolsonaro, apesar da posição oficial, veem a eleição de Trump como um elemento estratégico que poderia, indiretamente, favorecer o ex-presidente. Segundo eles, o novo governo americano poderia exercer pressão sobre o Judiciário e autoridades brasileiras, incluindo a PF, na tentativa de suavizar o andamento dos casos que envolvem o ex-chefe de estado.
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| Andrei Passos, diretor-geral da Polícia Federal, que, na quarta-feira, 6 de novembro de 2024, afirmou que a recente vitória de Donald Trump na eleição dos EUA não influenciará as investigações em curso sobre Jair Bolsonaro – Foto: Reprodução |
Entre as possíveis medidas de pressão cogitadas por esses aliados está a suspensão de vistos de entrada nos Estados Unidos para ministros do Supremo Tribunal Federal e agentes da PF envolvidos nas investigações de Bolsonaro. No entanto, essa ideia já havia sido discutida anteriormente por parlamentares republicanos no primeiro semestre, mas não progrediu durante o governo Biden.
Rodrigues reafirmou o compromisso da Polícia Federal em concluir as investigações com rigor e profissionalismo. “Vamos concluir nossa investigação de forma técnica, baseada na qualidade da prova e na responsabilidade que temos em todas as investigações, no tempo necessário para colher todos os elementos relacionados ao processo”, declarou o diretor.
Vale destacar que a PF está próxima de encerrar a investigação que apura o envolvimento de Bolsonaro, militares e ex-integrantes de seu governo em uma suposta tentativa de golpe de Estado ao fim de seu mandato.
Além disso, o ex-presidente é investigado no caso envolvendo o desvio dos presentes sauditas destinados ao Estado brasileiro e na suposta falsificação de cartões de vacina.
Fonte: DCM