Fugitivos de Mossoró são capturados em Marabá no Pará após 50 dias

Fugitivos de Mossoró: distância entre presídio de segurança máxima e Marabá é de 1.600 kmRogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento foram recapturados nesta quinta-feira (4), em Marabá, no Pará.

A cidade de Mossoró, na Região Oeste do Rio Grande do Norte, de onde os presos Deibson Nascimento e Rogério Mendonça fugiram de um presídio de segurança máxima, fica a 1.600 quilômetros de distância de Marabá, município no Sudoeste do Pará onde eles foram recapturados nesta quarta-feira (4).

A dupla fugiu no dia 14 de fevereiro. Foi a primeira fuga na história do sistema penitenciário federal desde a criação em 2006. As buscas duraram 51 dias.

Conforme a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Ceará (Ficco/CE), após deixarem o Rio Grande do Norte, os fugitivos chegaram ao Ceará, de onde conseguiram sair no dia 18 de março em um barco pesqueiro em direção a Ilha de Mosqueiro, em Belém, no Pará. Eles chegaram ao destino em 24 de março.

De Mossoró à cidade de Marabá, um trajeto em "linha reta" passaria por pelo menos cinco estados: além de Pará e Rio Grande do Norte, também por Ceará, Piauí e Maranhão – e, a depender do trajeto, pelo Norte do Tocantins.

As buscas se concentraram por mais de 40 dias nas cidades de Mossoró e Baraúna. No sábado passado (30), a Força Nacional encerrou a participação na operação de buscas pela dupla e deixou Mossoró, onde atuava desde o dia 23 de fevereiro.

Fugitivos de Mossoró tentavam sair do país em “comboio do crime”, diz Lewandowski

Após uma busca que se estendeu por 50 dias, os dois fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, foram recapturados. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, confirmou que os detentos, Rogério Mendonça e Deibson Nascimento, foram detidos por volta das 13h30, próximo a Marabá, no Pará, quando tentavam fugir do Brasil.

Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça. Foto: reprodução

Lewandowski afirmou que a captura foi realizada na ponte sobre o Rio Tocantins, o que reforça a tese da fuga internacional. Ele também informou, em coletiva nesta quinta, que os fugitivos estavam em um “comboio do crime”. Além dos dois presos, outros quatro criminosos suspeitos de auxiliá-los foram detidos durante a operação.

Segundo o ministro, a distância percorrida demonstra a ajuda que os dois receberam de comparsas e organizações criminosas. A operação de recaptura foi realizada em conjunto pela Polícia Federal e pela Polícia Rodoviária Federal.

“E hoje acabaram presos a cerca de 1.600 km do local da fuga. O que demonstra que, obviamente, que tiveram auxílio de seus comparsas e das organizações criminosas às quais eles pertenciam. Eles foram presos então nesta rodovia federal no Pará. Eles estavam se dirigindo para o exterior”, disse Lewandoski.


Fuzil, dinheiro e celulares: os objetos apreendidos com os fugitivos de Mossoró

De acordo com as autoridades, além dos dois foragidos, outros quatro homens foram detidos, todos fazendo parte do comboio que escoltava a dupla. Nos carros, um Jeep, um Corsa Classic e um Polo, havia dinheiro em espécie, cartões de crédito, um fuzil, munições e oito celulares, três deles sendo monitorados pela inteligência da PF do Rio Grande do Norte.

“Estavam em um verdadeiro comboio do crime. Foram apreendidos 3 carros e diversas armas”, afirmou o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, sobre as circunstâncias da prisão da dupla. “Obviamente, foram ajudados por criminosos externos e tiveram auxílio de seus comparsas e organizações criminosas”, disse em referência ao Comando Vermelho (CV), facção da qual eles faziam parte antes de serem presos pela primeira vez no Acre.

Segundo as investigações, os dois fugitivos planejavam fugir para fora do Brasil. Agora, serão levados de volta para o presídio de Mossoró, que teve sua segurança reforçada e a direção trocada.

Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 33 anos, fugiram do presídio em 14 de fevereiro, culminando em 50 dias de fuga até a recaptura em operação conjunta entre Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal.

A fuga incluiu seis dias em um barco pesqueiro entre Ceará e Pará, partindo de Icapuí, no Ceará, em direção à Ilha de Mosqueiro, em Belém. A dupla chegou à capital paraense em 24 de março, após percorrer a região costeira.

A operação de recaptura em Marabá monitorou três veículos que davam cobertura à fuga, resultando na prisão de seis pessoas nos três carros, incluindo os fugitivos.

Esta foi a primeira vez que houve registro de fuga na história do sistema penitenciário federal, que inclui unidades em Brasília (DF), Catanduvas (PR), Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO).


Fonte: G1 e DCM

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